sábado, 31 de outubro de 2015

HEGEL: DESENVOLVIMENTO DO ESPÍRITO

"Por conseguinte, o desenvolvimento do espírito consiste em que seu extrinsecar-se e o seu cindir-se é simultaneamente o vir a si mesmo. Este ser consigo mesmo do espírito, este vir a si próprio, pode ser considerado como o seu fim mais elevado e absoluto; só isto ele quer e nada mais" (HEGEL, 1996, p. 397)

O desenvolvimento do espírito não é um vir-a-ser, é um vir-a-si. O espírito, no fim da história, não estará modificado, estará experiente. Terá conhecido a si, sem, no entanto, ser diferente.

Esta é uma reflexão particular sobre o pensamento de Hegel, em especial da sua filosofia da história, com o desenvolvimento do espírito de forma dialética e a questão da verdade.

Ou a verdade é imutável e, portanto, sem história (coisa defendida por Hegel no mesmo livro da citação acima), e o desenvolvimento do espírito é só um vir-a-si, sob a égide do autorreconhecimento, e no fim da história a verdade será conhecida e revelada, por assim dizer, OU a verdade é uma construção, e o desenvolvimento do espírito será uma forma de modificá-lo através da história, e a verdade conhecida no fim terá sido uma verdade construída nesse desenvolver-se do espírito.

Posso ter me embananado nessa questão, mas fica o registro do desenvolver-se do meu conhecimento.

REFERÊNCIAS:

Hegel. Introdução a História da Filosofia. In: Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. 

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